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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Dupla de russos completa primeira expedição independente da história

Pedro Rosas
Portal do Aviador
O modelo Robinson-R66, que atravessou os cinco continentes num total de 40 mil quilômetros percorridos
Em 1872, o nobre inglês Phileas Fogg fecha uma aposta milionária afirmando conseguir completar “A Volta ao Mundo em 80 Dias”, a bordo de navios, comboios, carruagens e até mesmo elefantes. O enredo, do clássico romance de Júlio Verne, rendeu prêmios no cinema, montagens na Broadway e alimentou o imaginário de milhões de aviadores mundo afora.  

Um século e meio depois, numa pequena vila de Bunkovo, próxima a Moscou, uma dupla de aviadores alcançou o feito a bordo de dois helicópteros de pequeno porte – modelo Robinson-R66 –, quase na metade do tempo da saga francesa, somando 43 dias de jornada. Embora a expedição não represente grande surpresa para o século XXI, a façanha foi mais do que comemorada pela comunidade de aviação amadora na Rússia. 

“Não foi a primeira viagem desse tipo em helicópteros, mas a primeira sem manutenção técnica regulamentada e assistência de engenheiros profissionais”, declarou Dmitri Rakitsky, um dos expedicionários e piloto-chefe da companhia Aviamarket. “Levamos só o necessário para manutenção dos helicópteros e, durante a viagem, compramos apenas combustível. As peças sobressalentes trouxemos todas de volta, intactas”, concluiu.

Mikhail Farikh, Dmitry Rakitsky e o Robinson R66 em voo ao Polo Norte. Foto:Aviamarket
Mas numa viagem de 40 mil quilômetros, seria óbvio que as tormentas viriam. “Voamos por entre montanhas e sobre os oceanos, por 12 horas diárias. Na Noruega, as rajadas de vento eram tão fortes que o combustível não foi suficiente para pousarmos de dia. Fomos aterrissar só pela noite num aeroporto já fechado”, revelou Mikhail Farikh, parceiro de Rakitsky e chefe da expedição. 

EUA detém recorde em helicópteros

Batizada de "A Grande Aventura", a expedição global mais rápida da história foi cravada em 2008 pelos norte-americanos Scott Kasprowicz e Steve Sheik, que completaram o trajeto em 11 dias, 7 horas e 1 minuto – num total de 37 mil km percorridos.

O helicóptero utilizado, uma versão executiva do 109 Grand (fabricado pela AgustaWestland), chegou a 3.350 metros de altura, muitas vezes provocando o quase congelamento da aeronave. "Nos climas mais ao norte, o ponto de congelamento é atingido rapidamente, e não tínhamos capacidade anticongelante", disse Steve Sheik, à época.

De Nova York, os pilotos cruzaram o extremo norte do Atlântico sobre a Groenlândia, a Islândia e as ilhas Faroe. Depois atravessaram a Grã-Bretanha, a Europa Ocidental e os 14 fusos horários da Rússia, cruzando o estreito de Bering e o Alasca, para então atravessar os EUA de oeste a leste.


Diva do Atlântico

Amelia Mary Earhart, primeira mulher a sobrevoar sozinha o oceano Atlântico, quebrou diversos recordes na aviação, escreveu livros sobre suas experiências de voo e desapareceu misteriosamente no oceano Pacífico, perto da Ilha Howland, enquanto tentava realizar um voo ao redor do mundo. Seu estilo libertário de vida, sua carreira próspera e o modo como desapareceu até hoje fascinam aviadores dos cinco continentes.

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