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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Setor emprega 7 mil, cresce 7% e mantém mercado aquecido

Pedro Rosas
Portal do Aviador
O estado do Mato Grosso, conhecido como "Celeiro do Mundo", acaba de fazer jus ao apelido e anunciar o recebimento da aeronave número 3.000, produzida pela americana Air Tractor, entregue a um de seus maiores produtores, a Agropecuária Maggi. 

O Ipanema 202A, campeão da categoria e primeiro do mundo certificado para voar movido a etanol. É equipado com diversos opcionais, como pulverizador eletrostático, difusor de sólidos e sistema de posicionamento global DGPS
Segundo a agência Primeira Hora, o mercado brasileiro de aviação agrícola tem recebido, anualmente, o incremento de 100 aeronaves, com crescimento médio de 7% ao ano. Uma demanda mais do que generosa e que encontra justificativa no aumento da produção de grãos que, em 2012, alcançou a cifra de 185 milhões de toneladas – 2,5% maior que o ano anterior. 

Com o mercado pujante, gerando 7.000 empregos diretos no país, os pedidos para 2014 se mantiveram aquecidos - mesmo com a alta do dólar. Utilizados na pulverização de lavouras, plantio de pastagens, aplicação de fertilizantes, trato de florestas e combate a incêndios, os grandes players do mercado no país são a brasileira Embraer, com seu Ipanema 202A, e a americana  Air Tractor, com seu modelo mais popular, o AT-502. 

Brasil tem segunda maior frota do mundo

Com a safra de grãos em pleno vapor, o setor de aviação agrícola brasileiro já conta com a segunda maior frota do mundo, somando quase duas mil unidades, atrás apenas dos Estados Unidos, com oito mil aeronaves. Os indicadores são do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag). 

“Existem cerca de 260 empresas do ramo no Brasil, além de 200 operadores rurais”, disse Nelson Antônio Paim, presidente do sindicato, em entrevista à CNT. Apesar da franca expansão, o setor ainda continua com apenas 24% das áreas de pulverização com defensivos, um problema que, segundo Paim, vem da falta de informação. 

Em agosto de 1947, devido ao ataque de uma praga de gafanhotos na região de Pelotas (RS), foi realizado o primeiro voo agrícola no país, com a aeronave Muniz M-9 (foto), um bi-plano de fabricação nacional, monomotor de 190 HP, autonomia de voo de 4 horas, equipada com depósito metálico e capacidade de carga de aproximadamente 100 kg
“Ainda não se reconhece que nosso sistema consome menos agroquímicos, é altamente técnico e especializado”, desabafou o executivo que, nesta semana, voltou ao Senado Federal para ressaltar o potencial do setor e protestar contra o excesso de leis e carga tributária – que hoje engole 25% do faturamento das empresas.

Benefícios do serviço aéreo

O uso da aviação agrícola pode trazer inúmeros benefícios ao produtor rural, como agilidade, eficiência, preço e praticidade. Com maior abrangência e flexibilidade, o sistema é capaz de aplicar defensivos em áreas alagadas e terrenos irregulares. Além disso, evita o amassamento da cultura, a compactação do solo e impede o "intercâmbio" de doenças ou pragas entre lavouras (via pneus dos tratores ou equipamentos terrestres).




Operações de Sucesso

Recente suplemento da revista CropLife apresenta olhar aprofundado sobre o papel da pulverização aérea em operações agrícolas de sucesso. 

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