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sábado, 21 de setembro de 2013

Volume de passageiros surpreende e ultrapassa os três bilhões

Pedro Rosas
Portal do Aviador
Foto:Rene Ehrhardt
Enquanto a recessão econômica sacode os ventos do mundo industrial, a aviação comercial parece navegar em céu aberto. A se confirmar as projeções, o ano de 2013 será o primeiro na história a ultrapassar a cifra de três bilhões de passageiros – entre embarques e desembarques –, cravando um crescimento recorde de 5,3% em relação ao ano passado.

Responsáveis diretas pelo turismo mundial, as companhias comerciais já vinham agitando o mercado nos últimos anos, mas a previsão de lucro para 2013 surpreendeu até os mais céticos, girando em torno de US$ 12,7 bilhões – 67% acima do registrado em 2012 (US$ 7,6 bilhões). 

O estudo é da Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA), representante de mais de 240 empresas em todo mundo. Em comunicado oficial, através de sua assessoria, a IATA afirmou que a franca demanda se deve a dois avanços primordiais:

- Melhor aproveitamento da capacidade dos aviões - aumentando o número de passageiros por voo;
- Expansão das receitas auxiliares - como cobrar taxas para assentos mais confortáveis e criar serviços mais eficientes para cancelamento de reservas.


Campeões de bilheteria

A boa fase também bateu nos trópicos e, segundo a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), a aviação doméstica praticamente triplicou sua capacidade nos últimos dez anos. Em 2012, mais de 90 milhões de passageiros foram transportados no país, atrás apenas de Estados Unidos e China.

Combustível nas nuvens

Diante de um cenário em plena efervescência, seria natural que os resultados financeiros também estivessem decolando, sem obstáculos. Não é o caso do G4 brasileiro (TAM, Gol, Azul e Avianca), que fechou o ano passado com as contas no vermelho. 

O gasto com combustível foi considerado o grande pivô no retrocesso, já que o país possui um dos querosenes mais caros do mundo. Abastecer um jato comercial em aeroportos nacionais pode custar até 85% a mais do que encher o tanque nos Estados Unidos. 

A política para a gasolina e o diesel, vendidos de forma subsidiada, não prevalece para o querosene de aviação. As empresas pagam o preço cheio (sem subsídio) pelo galão do produto, valor que flutua ao sabor das variações no câmbio.

As cargas tributárias acabam disparando ainda mais o preço. No estado de São Paulo, onde se concentra um quarto do tráfego aéreo no país, o ICMS é de 25%. E para não comprometer a concorrência com empresas estrangeiras, o governo federal isentou o tributo para rotas internacionais – razão pela qual fica mais barato voar de São Paulo para Buenos Aires do que de São Paulo para Maceió.

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