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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Entre aeroclubes e universidades, cursos nascem a cada ano no país, apostando em diversas áreas de atuação, num mercado em plena expansão

Pedro Rosas
Portal do Aviador


Com a demanda pelo transporte aéreo anotando crescimento de 234% ao ano, o mercado brasileiro tem se mostrado aquecido e promissor para quem sonha com um diploma dentro das ciências aeroespaciais. Diante de um cenário mundial que prevê a necessidade de 498 mil pilotos e 556 mil técnicos de manutenção até 2032, o otimismo já ganhou ares de celebração. Os números, divulgados em pesquisa realizada pela Boeing, ainda coloca a América Latina como um dos mercados mais atraentes para as próximas duas décadas. 

Impulsionado pelo aumento constante da fabricação de aeronaves, o estudo da fabricante europeia também foi muito festejado pelo mundo acadêmico. Nas palavras de Edson Gaspar, coordenador da faculdade de Aviação Civil da Universidade Anhembi Morumbi, “o volume da demanda é muito grande e a América Latina é um dos mercados mais promissores porque alguns já cresceram o que tinham para crescer e nós estamos em fase de expansão”, explicou. 

Profissões do futuro - possibilidades de atuação

No Brasil, o bacharelado em aviação civil ou ciências aeronáuticas oferece, além da formação técnica de pilotagem, outras possibilidades de atuação, como operar e fazer a manutenção de aeronaves, supervisionar o trabalho da tripulação e funcionamento dos equipamentos, trabalhar na comunicação e no controle de voo, gerenciar empresas de aviação, aeroportos e companhias aéreas. 

Segundo o coordenador da Anhembi Morumbi, o curso oferecido pela instituição, iniciado em 2001 e com três anos de duração, revela muito dessa abrangência. “Tem a área de pilotagem, mas focamos também em outras disciplinas, como direito aeronáutico, gestão de recursos humanos, empreendedorismo e prevenção de acidentes”.
Profissões do futuro - aeroclube ou universidade?

Para quem pretende se tornar piloto no Brasil, há dois caminhos legítimos. Ou se matricular em algum aeroclube ou optar pelo bacharelado. Em ambos os casos, segundo especialistas, há vantagens e desvantagens. O benefício da formação superior seria na hora de contratar pilotos, já que as grandes companhias aéreas exigem menos horas de voo e os formandos podem se ingressar mais rápido no mercado.

A desvantagem do curso acadêmico, ainda segundo peritos, é que as instituições de ensino costumam ter simuladores insuficientes para o estudante cumprir a carga horária exigida pela Anac. "Tanto o aeroclube como a universidade são escolas de aviação. A diferença é que o aeroclube ensina tudo aquilo que ocorre no voo e a universidade ensina todas as áreas relacionadas", ilustrou Gaspar. Com 40 horas de voo, o aluno pode voar em seu próprio avião, mas não ser remunerado por isso. Quando atinge 150 horas de voo, pode trabalhar e tirar a licença de piloto comercial, após realizar exames teórico e prático. O último degrau é o piloto de linha aérea, que precisa acumular mais de 1,5 mil horas de voo. O custo de uma hora-voo de avião custa em torno de R$ 450,00. Em helicóptero, a média é de R$ 700,00.
Confira as instituições acadêmicas reconhecidas pelo Ministério da Educação e que atuam hoje no Brasil:

- Universidade Anhembi Morumbi – São Paulo
- Pontifícia Universidade Católica (PUC) – Rio Grande do Sul
- Pontifícia Universidade Católica (PUC) – Goiás
- Universidade Fumec – Minas Gerais
- Unopar – Paraná
- Estácio – Rio de Janeiro
- Faculdade de Tecnologia e Ciências de Salvador – Bahia
- Escola Superior de Aviação Civil – Paraíba
- Instituto Toledo de Ensino de Bauru – São Paulo

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