Programa “Céus Verdes do Brasil” permitirá maior eficiência operacional, sustentabilidade ambiental e redução de custos. Cronograma de implantação deverá ser concluído até 2020.
Voos mais seguros, rotas mais diretas, rápidas e eficientes. Aproximações de pouso mais precisas, mesmo com mau tempo. Menor espera nos momentos de tráfego intenso. Menores níveis de ruídos e redução da emissão de gás carbônico. Todos esses resultados poderão ser aprimorados a partir da implantação efetiva da tecnologia de navegação aérea por satélites, prestes a revolucionar a aviação no país e no mundo.
Com base em dados das próprias aeronaves, somados a simulações de voo e sondagens de rotas e aeroportos, a iniciativa faz parte do programa “Céus Verdes do Brasil”, comandada pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), com participação da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), da Secretaria de Aviação Civil (SAC) e da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
“Estamos falando de uma verdadeira transformação da navegação aérea. O sistema permitirá voos com mais segurança e precisão, com desvios mínimos nas rotas planejadas”, explica Ronaldo Jenkins, diretor de Segurança e Operações de Voo da ABEAR. “Para os passageiros, o sistema encurtará o tempo de voo, reduzindo atrasos, interferências meteorológicas e evitando a descida em etapas (solavancos), tornando-a mais suave e constante, como a de um escorregador”, detalha o executivo.
Como essas descidas suaves dispensam maior potência dos motores, as reduções de ruído e emissões de gases poluentes também figuram como grande compromisso do programa. Segundo indicadores oficiais, a queda no consumo de querosene – que no Brasil chega a 40% dos custos de uma empresa aérea –, pode representar uma economia do setor de R$ 350 milhões ao longo de cinco anos.
Fase de testes
A navegação por satélite, baseada na troca de informações entre aeronaves e sistemas de controle em tempo real, já está em fase de testes nos aeroportos de Recife (PE) e Brasília (DF). Os próximos serão: Guarulhos (SP), Congonhas (SP), Viracopos (SP), Galeão (RJ), Santos Dumont (RJ), Curitiba (PR), Pampulha (MG), Confins (MG) e Vitória (ES). Companhias como GOL e AZUL têm participado diretamente dos estudos. Segundo a ABEAR, as demais empresas deverão adotar os procedimentos gradativamente, mediante treinamento das tripulações e obtenção de homologações junto à ANAC.
Pedro Rosas / Portal do Aviador
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